Malta, porto de abrigo para o verão do Coronavírus, 2020 (parte 2)
Malta #5
Continuamos esta viagem?
Hoje venho falar-vos de Comino, é uma das ilhas (ou várias rochas ) mais pequenas e Malta.. Na verdade só tem mesmo um hotel /estalagem e estava fechado quando fomos lá. E sem o hotel, basta-lhe apenas um “castelo” de uma família, onde foi filmado o filme “Conde de Monte Cristo”, e são os únicos habitantes, quando estão lá.
Visitar Comino e a Blue Lagoon é obrigatório. E desenganem-se se pensam que as ilhas quase desertas têm pouca gente durante o dia. Na verdade, deve ter sido o sítio mais movimento em que estivemos.
Comino fica a uns 10 min de barco do Norte de Malta, como Marfa Bay e há várias opções de transporte, tanto de Valeta como de Sliema.
Nós acabámos por fazer um dia inteiro de barco, com visita às grutas de Comino, mergulho na zona de coral, e o resto da tarde na Blue Lagoon. Fomos com os barcos Luzzo e pagámos apenas 15€ por pessoa, para passar um dia inteiro espetacular de barco.
Na verdade preferíamos ter ficado na BLue Lagoon todo o dia mas valeu muito a pena.
A praia de areia é quase inexistente, mas compensa a água turquesa, quentinha e a boa vibe.
Quando forem, não precisam de se preocupar com comida ou bebida. Há uns 5 foodtrucks com muitas opções de sandes, fruta, pizza etc super barato.
Mas uma das melhores surpresas foram os ananases de cocktail (passei o dia a chamar-lhes cocos, por isso podem imaginar escolhemos os cocktails com álcool ahahaha)
Foi um dos melhores dias que passámos em Malta, sem duvida!
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Malta 6#
Se há um lugar que condensa a essência de Malta, esse lugar é a vila de pescadores de Marsaxlokk. Na parte sudeste de Malta, à beira-mar, se encontra a mais tradicional e autêntica vila de pescadores da ilha: Marsaxlokk.
Essa pequena vila foi um dos primeiros vilarejos em Malta e o seu porto um dos principais núcleos comerciais da ilha. Fez-me lembrar Alvor, Peniche, Narazé, as nossas aldeias piscatórias, com um misto do Alentejo tudo na ilha se faz com muita calma! (Tudo, menos conduzir, mas isso é outra história) Uma das principais atrações de Marsaxlokk são seus famosos barcos coloridos. São pequenos barcos chamados de luzzu atracados no cais e pintados com cores fortes que contrastam com o azul do mar.
Os barcos são pintados de vermelho, amarelo e azul têm um elemento comum: o olho de Osíris. Os pescadores locais acreditam que este simbolo do Egito, também chamado de Olho de Hórus, protege-os do mar imprevisível e afasta a má sorte. O olho de Osíris tornou-se um símbolo de Malta e, sobretudo, de Marsaxlokk. Além de seu pitoresco porto, há mais para ver em Marsaxlokk e até cabines telefónicas londrinas, que ainda ficaram do tempo colonial. Contem pelo menos com um almoço prolongado, com um passeio a pé pela vila. A igreja de Nossa Senhora de Pompéia, que preside a praça principal, é outro ícone dessa vila de pescadores.
E o peixe… um dos peixes mais recomendados e característicos é “Lampuki”, que é da família da dourada, o peixe espada e o atum.
Os seus barcos coloridos atracados no porto e o seu mercado de peixes se converteram em uma das imagens mais famosas da ilha.
Malta, roteiro está a chegar ao fim, enviem mensagem ou comentem sobre o que gostavam de saber mais sobre Malta para melhor vos servir como guia e inspiração, e também para contribuir para quando o blog arrancar
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Malta #7
Vocês escolheram falarmos sobre comida hoje Confesso-vos que tenho andado reticente sobre o tema... não sobre a comida, que é maravilhosa mas já vão perceber.
Então, já sabemos que Malta pela sua localização teve e tem uma amálgama de culturas diferentes e ao mesmo tempo, cada uma delas super rica.
E isso vê-se na sua gastronomia.
Este “melting pot” de tradições resulta da influencia da cozinha italiana (Sicília já ali ao lado), Norte de África e Médio Oriente.
O problema para nós é que não é veggie friendly. Primeiro porque a agricultura é parca (rios não existem e a água potável é toda dessalinizada do Mediterrâneo), depois porque culturalmente parece ainda não haver muita procura e por isso, também não é há muita,ou quase nenhuma, oferta.
Dito isto, aviso que os kgs que engordei se devem à boa comida e boa bebida de Malta, maioritariamente peixe e marisco (se quiserem reclamar ou apontar o dedo por favor preencher o formulário e )
Ainda como nota, aviso que os preços são ligeiramente mais baratos que em Portugal, mas as doses são enormes. Facilmente cada coisa que pedimos, daria para dividir por 2.
Até um simples pedido de “bruschetta com rúcula”, depressa se transforma numa tábua de pão e queijos que dá para alimentar 4.
O que nos leva ao queijo.
Quase tudo tem queijo, principalmente de cabra, e têm alguns queijos malteses bem diferentes. Um dos snacks característicos de Malta são os famosos “pastizzi” e são uns folhados de queijo ou de pasta/caril de ervilha e são óptimos!
com boa influência italiana, o tomate, conservas e azeitonas é obrigatório em todos os pratos malteses e são bem boas.
Uma das iguarias locais é coelho, nunca comi coelho na vida, por isso não vou opinar sobre o coelho maltês (eu gosto dosta? Vivos e a saltar)
Peixe e marisco OMG! O peixe é fresquíssimo e o marisco também, mas a meu ver, nós portugueses sabemos cozinhar e temperar melhor o marisco. Mil e um pratos com marisco, incluindo pizzas Foi a primeira vez que comi raviolis de lagosta e até agora não me sai da cabeça Os vinhos malteses também são bons, experimentamos os rose e brancos. A cerveja CISK é também sempre uma boa opção
Agora, vamos ver os vossos comentários #malta #maltaphotography #maltesefood
Malta #8
Pois é, chega hoje ao fim o “diário de Malta”.
Devo dizer-vos que 8 dias acabaram por ser pouco para tudo o que Malta tem para oferecer.
O penúltimo dia foi o único de mau tempo, o que nos impediu de completar os planos. Mas ainda assim fomos ao Cafe Del Mar almoçar e fingir que estávamos no paraíso de festas e sunsets. Mas só nós é que podíamos fazer a festa porque não havia ninguém na rua sem ser esta alminha a tentar tirar fotos
Com isto, não tivemos tempo, por exemplo, para ir à Popeye Village, que deve ser para lá de gira e perto de uma das praias mais porreiras, Meheilla.
Também acabámos por não visitar a Ilha Manoel, que é uma pequena ilha entre Valetta e Sliema.
Foi assim chamada porque quem construiu o forte, foi nem mais nem menos que um português (estamos mesmo em todo o lado!) Grão Mestre António Manoel de Vilhena, em 1720.
Infelizmente toda a magnífica estrutura vai ser demolida para um novo empreendimento turístico e urbanização, em vez de reabilitado.
Mas em Malta falta espaço.
O que não falta mesmo são barcos! Nunca vi tantos barcos na vida, e desenganem-se se acham que se compram com os que temos em Portugal... vou reformular, nunca vi tanto iate de luxo por metro cúbico de água
Nunca fui ao Mónaco, mas comparando com Ibiza ou Mallorca, as marinas em Malta dão 10-0.
Até o taxista tem um barco para ir à Tunísia ou até Itália, por isso não é um barquinho a remos
Isto leva-me ao tema do custo de vida. Ora, em Malta o ordenado mínimo é 780€ e os trabalhos qualificados vão facilmente aos 3/4mil por mês.
Os salários vs alojamento, alimentação, transportes, e outros serviços fazem com que a qualidade de vida seja bem superior que em Portugal.
Era capaz de me mudar para lá.
Mas é mto pequena para quem gosta de movimento. Em 8 dias conseguimos encontrar várias vezes as mesmas pessoas em diferentes pontos da ilha,imaginem vivendo lá
De qualquer forma, é dos melhores sítios que visitei na Europa super recomendo!
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