top of page

Hanoi - Loi Ra

Vietnam 12#


Voltei para Hanói num autocarro noturno – acho que dormi mais noites em autocarros e comboios do que em camas reais nesta viagem – e cheguei de manhã.


Ainda tive um encontro imediato com uma rapariga a vender bebidas na rua, que não falando inglês, usámos o Google translator e pedi-lhe algo para beber, ao que ela me respondeu que só tinha cocaína… ora, sendo o Vietnam um país onde a pena é prisão perpétua, agradeci, disse que não e pus-me a milhas. Só depois parei para pensar que deveria ser um erro do tradutor e devia ser uma coca-cola ahahaha


Tentei aproveitar da melhor forma o ultimo dia no Vietnam, visitando os locais mais marcantes da cidade, de história, de pessoas e cultura.


Perguntaram-me ainda várias vezes qual era a minha religião, porque oficialmente a religião, é o partido. Mas a religião vietnamita partilha muitas semelhanças com a chinesa de Confúcio.

Há muitos cristãos, mas cada vez mais são os que abandonam a crença de forma pública, por causa de perseguições políticas.

As minorias étnicas do país, como os hmong, enfrentam todas as formas de perseguição, exclusão social, assédio, discriminação e ataques, que deixam as casas destruídas e os forçam a sair da vila. Em vários casos, os cristãos fugiram para outro país e reivindicaram asilo, mas foram mandados de volta devido à pressão vietnamita.


Os comunistas consideram a igreja como um grupo perigoso facilmente capaz de mobilizar grandes massas. Claro, ninguém se atreve a duvidar abertamente do domínio do Partido Comunista. Os cristãos ou outras minorias que entram em seu caminho enfrentarão perseguição. Por isso, vi muito mais igrejas no sul do que no Norte. O hinduísmo ou Budismo aqui dá lugar a uma mescla tolerável para o governo, desde que não esteja hierarquicamente acima do partido e do seu representante.


A maior parte das pessoas com quem falei também não acreditam em nada do que lhes é “vendido” pela propaganda como religião, mas por medo, ou por respeito à família, continuam a obedecer. Disseram-me várias vezes “sou humanista, acredito no ser humano, no bem comum”.

O humanismo secular é uma postura filosófica (alternativamente conhecido por alguns adeptos como "Humanismo", especificamente com H maiúsculo para distingui-la de outras formas de humanismo) que abraça a razão humana, a ética, a justiça social e o naturalismo filosófico e rejeita especificamente dogmas religiosos.


Postula que os seres humanos são capazes de ser éticos e morais sem religião ou sem um deus. Isso não significa, no entanto, supor que os seres humanos são inerentemente maus ou bons por natureza, nem que os seres humanos são superiores à natureza. Pelo contrário, a postura de vida humanista enfatiza a responsabilidade única que a humanidade enfrenta e as consequências éticas das decisões humanas.


E tive de ir ao Vietnam para aprender isto… desculpem admitir a minha ignorância, mas é a verdade.

Nesse dia, já em jeito de despedida e tentando aproveitar o tempo de melhor maneira, andei pela cidade à boleia de uber-motos, no meio de um diluvio.


(Nada se compara a ter ficado sem chinelos na India e andar descalça pelas ruas no meio do dilúvio do século)


Mas ainda em jeito de comparação, resta-me dizer que muito se fala do transito na India, mas em toda a minha vida, e até comparando com a India, nunca vi nada como no Vietnam.

Vou deixar-vos algumas fotos para perceberem o verdadeiro problema, mas na altura fiz vídeos a atravessar a rua, na passadeira, com sinal verde para mim e eu é que tinha de me desviar dos carros.


Felizmente o partido comunista ainda não lê as nossas mentes, provavelmente pedi a todos os deus, em todas as línguas e em todas as religiões para não ser atropelada, cada vez atravessava a rua.

2 notas ainda sobre o trânsito: o vermelho também é para andar, não é para parar; os passeios não são para peões, são para as motas.


Podia deixar-vos mais uma lista de coisas interessantes para ver e fazer em Hanói, mas prefiro deixar-vos com um dia de simplesmente deambular por ali, de viajante errante, sem plano e literalmente “going with the flow” para onde me apetecesse virar.

Para mim não há nada no mundo melhor do que viajar e ter a possibilidade/liberdade de vivenciar estes detalhes pequenos, mas grandiosos no peito.


Este é o último post do diário do Vietnam. A saída foi para o Camboja, mas isso é outra estória.

Loi Ra = Exit

Obrigada por estarem aí




IMG_5531_edited.jpg

Olá, que bom ver-te  por aqui!

Eu sou a Mafalda.

Bem vind@ a este espaço de partilha e de todo este mundo cor de rosa - que ainda está em construção.

Vão existir temas sobre Viagens, Loucuras e Aventuras, Nutrição, Artes, Arquitectura... nem sei ainda muito bem. 

Mas a vida é mesmo assim, certo? 

O caminho vai-se traçando ao longo da jornada.

Se quiseres receber notificação quando saírem novos posts, subscreve :)

em breve terei novidades para partilhar

(e prometo não enviar mil emails a chatear ninguém)

Fica por dentro de todos os posts

Obrigado por assinares!

  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter
  • Pinterest
bottom of page