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Rainbow Hoi An - a cidade, a cozinha Vietnamita e muito mais

Vietnam 4#

Olá malta!


Despois desta breve pausa, retomamos a viagem pelo Vietnam.


Após a aventura com o comboio, cheguei a Hoi An por volta da 1h da manha e apanhei o “táxi” disponível na estação… e táxi está entre parenteses porque claro que não era um táxi…era um uber ilegal quanto muito… ahahah e o senhor tinha carpetes da Chanel a tapar os estofos… de frisar que toda a gente na Ásia está farta do calor e humidade, por isso os ar condicionados estão sempre no mais frio possível…por isso estamos ou no gelo, ou no calor tropical. Mas era isto, ou ir a pé pelo mato literalmente no breu.


Finalmente cheguei a um hotel decente, limpo (ainda que com 5 osgas dentro do quarto- perfeitamente normal) e com água quente. Até esta altura valeram-me os banhos de água fria e toalhitas… nem tudo é fantástico :D


Quando cheguei estava esfomeada, não comia há imensas horas e as pessoas do hotel estavam a dormir dentro da receção quando cheguei e ainda assim foram aquecer uma sopa das deles para eu comer qualquer coisa… foram impressionantemente amáveis, como aliás, todos nesta cidade.

No dia seguinte já tinha a bicicleta à minha espera para explorar a cidade.


Ora – ponto prévio – mesmo tendo carta de mota, não andava de bicicleta há 20 anos…e no vietnam ninguém cumpre regras de transito, as duas faixas passam a 5, e vi as ultrapassagens mais loucas da vida, que incluíam carrinhas de caixa aberta, cabras, tuk-tuk, scooters, bicicletas e peões no meio.

Por isso, mesmo sabendo andar de bicicleta, muitas vezes preferi sair dela e leva-la pela mão do que ser atropelada por um camião ou autocarro. – Isto para vos dizer, conduzir ou ser peão no Vietnam é toda uma aventura em si, imprópria para cardíacos.


Hoi An é paragem obrigatória no Vietnam, e não é negociável de forma nenhuma.


É como viajar no tempo até a um Vietnam dos séculos passados. As ruas pitorescas e coloridas, decoradas com lanternas de papel penduradas, casas históricas coloridas e cafés aconchegantes definem o cenário desta impressionante vila de pescadores. Mesmo que Hoi An seja relativamente pequena, é uma cidade notável pela cultura, vibração das ruas, mercados, boa comida e, tendo muitos turistas, é também bastante segura.


Porque é que Hoi An é imperdível?


Chama-lhe a “Cidade Antiga de Hoi An, e é Património da UNESCO. É muito original e tem paisagens deslumbrantes. Impressionantes casas antigas, lojas de estilistas locais, alfaiates antigos, e galerias de arte alinham-se nas coloridas ruas de Hoi An, esperando para serem visitadas e fotografadas. A incrível cultura do café tão português, torna mais fácil encontrar uma deliciosa cafeteria em cada esquina, numa mistura perfeita entre o oriente e o ocidente.


Uma coisa que sempre faz parte da lista de pontos turísticos de Hoi An é a Ponte Coberta Japonesa, uma das pontes mais fotografadas de toda a Ásia.

Por causa de seu estatuto de património da UNESCO, mais de 800 edifícios históricos foram preservados em Hoi An, por isso, passear pela Cidade Velha é como fazer uma viagem no tempo.


Os 22 edifícios históricos e os museus estão abertos ao público, por cerca de 5€, para visitar todos. Com uma cultura tão animada e ambiente encantador, o centro histórico de Hoi An é fantástico.


Uma das melhores coisas a fazer em Hoi An é (re)descobrir a nossa veia artística.

A cultura e a criatividade aqui são inegáveis. Depois de algumas horas em Hoi An, percebi que não só teria uma lembrança para levar para casa, mas também levaria mais sobre a sua história, cultura e tradição. Algumas das atividades mais populares são a fabricação de lanternas, máscaras e escultura em bambu.

As lanternas são especialmente populares na Ásia - alguns acreditam que trazem sorte, felicidade e riqueza - e há até festivais dedicados a elas, como o Festival das Lanternas anual de Taiwan.

Aqui as lanternas decoram a cidade como flores. É maravilhoso…é “o” sitio para os Vietnamitas virem tirar fotografias dos casamentos (vi milhares)

A confeção de máscaras e outros workshops de bambu são super giros para miúdos e graúdos.


Confesso, apaixonei. O que era para ser 1 noite, acabaram por ser uns 3 ou 4 dias…e valeu cada momento.


Essa é a parte boa de ter uma ideia, mas não um plano muito restrito, dando liberdade para se parar quando sentimos “aqui estou em casa, vou ficar mais um pouco”


Amanhã continuamos por aqui,

Obrigada por estarem aí <3



 

Vietnam 5#


Olá pessoal!

Continuamos esta semana pelo Vietnam. Publicarei o resto desta viagem até pelo menoss 6ª feira, todos os dias pelas 21h.


Como partilhei convosco, Hoi An acabou por ser uma agradável surpresa e decidi ficar uns dias por lá.

E hoje vou falar-vos dos Mercados e comida vietnamita.


Nenhuma passagem por Hoi An está completa sem uma visita ao Mercado Central.

Localizado no centro histórico de Hoi An, este mercado multifacetado é o maior e mais animado da região. Estende-se por cinco ruas do distrito turístico central e é uma experiência obrigatória não apenas para os amantes da comida, mas também para fotógrafos, compradores e qualquer pessoa que queira entretenimento de verdade a qualquer hora do dia.


Embora o Mercado Central de Hoi An tenha um monte de coisas incríveis, descontração não é uma delas.


Sobre o Mercado Central Hoi An tem importância histórica como centro comercial no Vietnam. Durante o século 15, a cidade tornou-se um centro comercial para o império de Cham, um povo malaio-polinésio que controlava grande parte do litoral central e inferior do Vietnam. Nos séculos 16 e 17, os senhores Nguyen vietnamitas ajudaram a transformá-lo em um porto de comércio internacional. Era considerado o melhor lugar para negociação no Sudeste Asiático, para comerciantes da China, Japão e até mesmo de partes da Europa. Enquanto Hoi An declinou como centro comercial no século 18, seu espírito comercial e a própria cidade, que é reconhecida pela UNESCO como um “exemplo excepcionalmente bem preservado de um porto comercial do sudeste asiático”, permaneceram intactos. Parte da hitória da cidade deve-se em parte ao seu mercado central, construído em 1848. Originalmente localizado na rua Nguyen Thai Hoc, o edifício retangular incluía seções para produtos frescos, carne e peixe.

Hoje, com sua variedade de produtos, carnes e peixes em exibição, juntamente com souvenirs e tigelas fumegantes de cao lau, o Mercado Central de Hoi An está tão movimentado quanto há séculos.


Bancas maravilhosas de frutas e legumes, mariscos, peixe, carne, tudo... e tudo à mão, está claro. Coloquei aqui uma fotografia do mercado "normal", e outra da cruel realidade, com o lixo no chão e à porta. Não estranhem, é mesmo assim e é normal na Ásia, onde praticamente não há recolha de lixo nem a educação social como temos no Ocidente. Mas gosto de vos mostrar estas fotografias porque habitualmente nos blogs só nos vendem a ideia do paraíso, sem nunca abordar os pontos menos bons. E depois somos surpreendidos quando lá chegamos, como me aconteceu no Sri Lanka, por exemplo. Mas isso é outra viagem.


Aqui, a ASAE nem sabia por onde começar... o mercado é o que conhecemos por "wet market", onde há animais vivos, semi-vivos, legumes, frutas, lixo, onde toda a gente toca em tudo e provavelmente os produtos antes de estarem na banca (quando estão), estão no chão, em cima de um jornal.


Mas está tudo bem! Mãe do coração, como vês não morri nem apanhei nenhum bicho! :D

O principal motivo para visitar o mercado central teria que ser a praça de alimentação, que oferece seleções de dar água na boca de especialidades de Hoi An. Aqui, podem experimentar cao lau, banh xeo, rosa branca "dumplins" e muito mais acompanhado de um sumo, um smoothie ou café vietnamita. Com pratos que custam de 20.000 a 50.000 VND (0,80 Euros a 2 Euros), é um lugar fantástico para obter uma refeição acessível e algum sabor local.


A viajar sozinha, posso dizer-vos que talvez tenha feito 2 ou 3 refeições sozinha. Acabo sempre por dividir mesa com outros turistas ou preferencialmente com locais.


Aqui não foi excepção. Sentei-me em mesas corridas juntamente com familias vietnamitas, mas na verdade eles ramente falam inglês neste tipo de locais (a não ser nos sitios mais turísticos), mas quando a comida é boa e barata todo o mundo entende a linguagem universal de "nham nham". :D


Devo confessar-vos que quando estive no Vietnam, no inicio não fiquei muito impressionada com a comida e já estava a evitar comer carne, legumes na altura nem lhes sabia o nome ahahah então durante uns dias foi arroz com "o que houver" e "spring rolls".


Então, decidi ir fazer uma tarde de aulas de cozinha Vietnamita para ver se mudava de opinião. E a experencia foi muito gira, onde inclusivamente aprendemos como se faz o leite de arroz - e a trabalheira que dá - aprendemos a fazer molho de amendoim (no vietnam tudo leva amendoim), e principalmente como cozinhar com as adversidades que eles vivem. O marisco e peixe ainda vem dos rios contaminados pelo agente laranja, apesar de tentarem limpar, ainda há riscos. Ou a água para cozinhar que tem de ser engarrafada.

A miséria é muitíssima, por isso não pode haver desperdício. Ainda assim, chegaram a não querer cobrar a refeição por ter estado com eles a ver uma telenovela da qual não percebia nada, sentada quase no chão com o meu prato de arroz com caranguejo, a brincar com as crianças, e sem uma palavra de inglês.


Simplesmente são um dos povos mais amáveis com quem tive o prazer de experenciar tudo isto. Valem muito a pena.


Amanhã continuamos,

Obrigada por estarem aí <3



 

Vietnam 6#


Hoje não tenho uma história engraçada para vos contar, ou um acontecimento especial, até porque partilhei um ponto deste momento antes.


O ultimo dia que passei em Hoi An, andei pela praia e fiz um passeio de "barco de cestos" que vos falei antes.

Para experimentar o barco de cesto, temos de viajar um pouco mais longe da cidade central de Hoi An até a floresta de coqueiros de Bay Mau em Cam Thanh. No entanto, são apenas cerca de 10 km.


Esta era na verdade a área original de floresta natural de coqueiros no passado e os barcos de cestos são feitos de coqueiros.

A floresta de coqueiros de Bay Mau costumava ser uma base do exército durante a Guerra do Vietnam. Nos últimos anos, percebendo o potencial da floresta com grande biodiversidade, o município a transformou em um sítio de ecoturismo. A Baía Mau abriga diversos tipos de palmeiras, como coco d'água, nipa, manguezal.


A floresta de palmeiras tem servido de abrigo para pássaros, espécies aquáticas enquanto os locais aproveitam as folhas para a cobertura de colmo, as frutas para a sobremesa e lanche. Por isso, ao visitar a floresta de coqueiros da Baía Mau, não será apenas o barco de cestos único para explorar o ecossistema daqui. As pessoas e a comida são igualmente espetaculares.

Mas basicamente é uma floresta, com água pelo menos pela cintura.


O problema aqui é mesmo a água... pantanosa, escura e, contaminada.


O agente laranja foi um poderoso herbicida usado pelas forças militares dos EUA durante a Guerra do Vietnam para eliminar a cobertura florestal e as plantações para as tropas vietnamitas. O programa dos EUA, com o codinome Operation Ranch Hand, pulverizou mais de 20 milhões de galões de vários herbicidas sobre o Vietnam, Camboja e Laos de 1961 a 1971.

O agente laranja, que continha o químico mortal dioxina, era o herbicida mais comumente usado.


Posteriormente, foi comprovado que causa sérios problemas de saúde - incluindo cancro, defeitos congénitos, erupções cutâneas e graves problemas psicológicos e neurológicos - entre o povo vietnamita, bem como entre os militares americanos que retornam.

Ainda hoje, nesta geração, nascem crianças com deficiencias ou parelesias causadas pelo agente laranja.

Dói o coração.


Quem me conhece mais de perto, sabe que até choro a ver desenhos animados ou um anúncio...mas estar ali, passados todos estes anos e ainda presenciar o que o ser humano é capaz de fazer ao outro..e às gerações seguintes é uma uma sensação inexplicável.... chorei muito a ver crianças a pedir na margem do rio, com as perninhas dentro da água contaminada, enquanto nós turistas estamos resguardados, com colete reflector e uma garrafa de água na mão...


Mas mudando o assunto - e limpando as lágrimas - o passeio é muito giro e estão a tentar desenvolver a região. O turismo ajuda os locais e permite que haja mais investimento na região, para poderem resolver alguns destes problemas.


Hoi An é ainda palco da área mais bonita que vi de praias. Ao estilo Tailândia, mas quase sem turistas.

Para quem gosta de resorts, têm mesmo em frente à praia, e a 10min do centro da cidade.


A costa de praia estende-se por cerca de 30km até à proxima cidade, Da Nang, para onde fui no dia seguinte.


Como perdi o comboio, a querida amiga Kuh, que me ofereceu a sopa no primeiro dia que cheguei a este hotel, ofereceu-se para me levar até lá e fomos as duas a conversar :)

Esta rapariga Kuh vale todas as menções nesta viagem, já que salvou o meu, mais do que uma vez, após este dia.


Amanhã conto-vos como foi Da Nang.

Obrigada por estarem aí <3





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